A embarcação Belov Humaitá concluiu a segunda docagem a seco nesta sexta (7), no Estaleiro São José, em São Gonçalo-RJ. As atualizações, que vão da pintura com tinta especial à instalação de novos recursos, proporcionarão mais conforto à tripulação, melhor desempenho do veículo e mais segurança às operações.
A instalação da quilha patenteada Hull Vane, de fabricação norueguesa, teve como objetivo aprimorar a performance durante a navegação, deixando a embarcação mais estável. Trata-se de um componente que faz parte da estrutura inferior do barco e cujo design tem relação direta com resistência e velocidade. Isso representará uma redução de consumo de combustível e de emissões de CO2, que poderá variar de 10% a 16% a depender da velocidade atingida, e ganho em eficiência, que poderá chegar a 25%.
O casco recebeu nova pintura, com tinta SPC (copolímero de alto polimento), que possui maior resistência à incrustação do que tintas anti-incrustantes convencionais. Esta cobertura influencia a performance na navegação porque reduz a demanda de limpeza. As estruturas de captação de água, túneis propulsores e o hidrojato também receberam um acabamento com tinta especial.
Um dos novos recursos é o sistema de lançamento de sinete de mergulho, que submerge totalmente enquanto está fixo ao a-frame, sem usar o cabo de aço. Ao cortar o “balanço” transversal do sinete durante a projeção, o lançamento se torna mais seguro do que sistemas convencionais. A outra novidade foi a substituição do sistema de posicionamento para a Kongsberg. A troca visa mais eficiência e proximidade para o usuário, não somente pela liderança de mercado do fabricante, mas pela familiaridade dos oficiais com o suporte, o que assegura mais precisão e confiabilidade em operações offshore.
Premiada em 2020 como “The Best Work Boat World” na categoria OSV-DSV, a Belov Humaitá, assim como a gêmea Belov Amaralina, é o primeiro veículo diesel-elétrico de sua classe no Brasil. Desde que foi construída e batizada no Estaleiro Belov, opera exclusivamente em projetos da Petrobras. Sua vantagem competitiva está na economia significativa de combustível em comparação a outros DSVs do mercado.
Embarcações como esta passam considerável tempo em modo “DP2”, por isso, foram instalados três jatos d’água, três propulsores de proa, e propulsão diesel-elétrica com quatro geradores na Belov Humaitá, permitindo ter geradores reserva enquanto o veículo estiver em modo de espera próximo a uma plataforma de petróleo. Todo o processo de docagem durou 32 dias.